quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Técnicos Industriais encabeçam pesquisa sobre escassez de profissionais no Brasil



De acordo com um estudo realizado pela consultoria ManpowerGroup, 71% dos  
empregadores entrevistados no país dizem ter dificuldade para preencher postos 
nas mais diversas   áreas - de motoristas a profissionais de tecnologia. No Brasil, 20 
mil postos de trabalho no setor de engenharia ficam em aberto porque não se      
formaram profissionais suficientes para preenchê-los.  
O dado fez com que o país ocupasse o segundo lugar entre os 41 países analisados  - 
atrás apenas do Japão, onde 81% dos patrões sofrem mais para contratar, enquanto 
a média    global é de 34%. O diretor da ManpowerGroup no Brasil, Riccardo Barberis, 
disse que a  dificuldade de se preencher vagas no Brasil, cresceu 15% do ano    
passado para cá. 
Barberis ressalta a escassez tanto na quantidade de profissionais como na qualidade 
deles. E ainda, no caso de vagas que exigem conhecimentos específicos, e atinge  
cargos de nível   superior e técnico. 
A escassez de talentos no campo técnico é considerada o ponto fraco nas contrata-
ções por parte dos empregadores. Na área técnica, os empregadores enfrentam 
mais dificuldade para encontrar profissionais.  A falta de profissionais capacitados 
permeia em todas as áreas, indo de automação a edificações e de eletrônica a      
alimentos e bebidas. 
Segundo Barberis, no passado o curso técnico no Brasil era considerado um plano B, uma segunda opção. E por isso o   investimento na área foi prejudicado, sendo incapaz de suprir a atual demanda. Hoje, a realidade é bem diferente, já se sabe que os cursos técnicos oferecem uma oportunidade profissional mais rápida e, por isso, eles são valorizados e recebem maior investimento por parte do governo, mas ainda é preciso investir mais, e entrar em sintonia com as necessidades do mercado.
Em recente entrevista, o Ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, disse que considera fundamental que o Estado brasileiro priorize as escolas técnicas estaduais e federais e o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e    
Senac) para formar e qualificar os profissionais técnicos que vão contribuir para o crescimento econômico
do país.
Segundo Brizola Neto, as ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, vão se concentrar em instituições que possuem os profissionais e as instalações adequadas para oferecer a qualificação profissional de que o país necessita.
Os especialistas concordam que o Brasil está caminhando na direção certa e confirmam a importância em  
investimentos no setor.  Barberis, ainda citou o exemplo da Alemanha, que investe pesado em escolas técnicas e atualmente é um dos países na zona do euro com menor taxa de desemprego.


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