domingo, 16 de setembro de 2012

Aceitar emprego exige análise cuidadosa



Estudantes devem aproveitar o bom momento do mercado de trabalho no Brasil para escolher bem a empresa em que querem trabalhar, diz a professora Ana Luisa Pliopas, coordenadora de estágios e colocação profissional da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas.
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Reporter Fatecano - Como os alunos podem aproveitar o fato de estarem sendo "cortejados" pelas empresas?
Ana Luisa Pliopas - Quem vai procurar emprego ou estágio precisa saber o que está buscando. Às vezes, o estagiário não sabe o que está procurando, mas ele precisa ter alguns critérios em mente. Por exemplo: se ele quer trabalhar em um lugar mais informal, onde o estagiário tem acesso a diferentes pessoas na organização, onde pelo menos uma vez por mês ele tenha uma conversa com o chefe para saber como ele está indo. O problema é que as pessoas aceitam emprego sem ter feito análise um pouco mais profunda para entender como é a cultura daquela organização.
Como se faz isso?
Em geral falando com alguém que esteja trabalhando ou já tenha saído de lá, ou até mesmo durante o processo seletivo. Se é um lugar em que você fica três horas esperando para ser entrevistado, se o entrevistador nem lê o seu currículo, se na sala de espera todo mundo passa apressado, cabisbaixo, isso pode ser sinal de que não é um bom lugar para trabalhar.
É uma lição de casa importante. Porque, às vezes, você entra no lugar e, no primeiro dia, percebe que não era o que esperava. Só que você não sai no dia seguinte, pelo menos não deveria, e aí vai ter de ficar e esperar a situação melhorar.
Esse quadro vai mudar caso a economia do Brasil piore?
Mesmo nas épocas de crise, quando estourou a bolha da internet, por exemplo, eu não vi gente parando de contratar talentos mais jovens, porque nessas situações esses profissionais podem ajudar na inovação da empresa. Esse jovem traz ideias novas, pode fazer com que a empresa se adapte a novos cenários. É difícil cortar esse tipo de estratégia, mesmo em céu de chuvas e tempestades.

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