quinta-feira, 17 de maio de 2012

Controle tecnológico de concreto


Não é uma apostila mas tem informações importantes sobre os procedimentos de controle tecnológico do concreto aplicado em obras, ideal para quem não tem vivência de obra e não quer chegar "cru" na sua primeira  experiencia profissional.

Link: http://www.rochafundacao.com.br/pdf/concreto.pdf



CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

É Norma para qualquer construção que seja feito o controle tecnológico do concreto estrutural. Seja ele misturado na obra ou dosado em central, devem ser feitos os mesmos ensaios, que hoje são principalmente de abatimento (slump) e resistência à compressão.
Quando o concreto comprado é usinado, o papel da concreteira é prover o produto especificado. À construtora cabe a verificação de que o que ela comprou foi realmente recebido.
É importante que as respostas sejam rápidas o suficiente para que, no caso de uma não conformidade, seja possível investigar se houve falha ou se é preciso tomar alguma providência em relação à estrutura.

ENSAIOS 

O abatimento é feito no estado fresco, no recebimento do concreto. Ainda no estado fresco também são bem procurados os ensaios de exsudação, tempo de pega, ar incorporado, massa específica e reconstituição do traço, que verifica se o teor de cimento está como especificado.
Já a resistência à compressão, feita no estado endurecido, mede a resistência mínima e estima o fck, por ruptura dos corpos de prova. O ensaio é delicado, e até a velocidade da compressão da prensa influencia nos resultados.

                            O que é controle tecnológico

"A visão que se aplicava no passado de controle tecnológico de concreto, até uns 30 anos atrás era a seguinte: contratava-se o serviço, e um técnico ia à obra verificar se a fôrma estava bem feita e bem presa, olhar a armadura, se a barra estava afastada da fôrma o suficiente para não comprometer a vida útil da estrutura, ele acompanhava o lançamento do concreto, a cura, proteção. A qualidade do concreto não é só resistência, mas também aparência, estabilidade da estrutura. Quem olhava isso no passado era o tecnologista ou laboratorista que ia à obra e, além do concreto, também verificava essas ações prévias. Ao longo do tempo, essas atividades foram sendo excluídas do escopo do laboratório e feitas pelo mestre de obras, estagiário, técnico de edificações. Alguns de fato fazem bem feito, e outros nem tanto, tanto é que hoje vê-se obras novas com armadura exposta, com a viga torta porque a fôrma abriu. Na minha visão, controle tecnológico seria isso tudo. Hoje, o controle tecnológico está restrito a fazer a recepção do concreto e moldar os corpos de prova. Muitas vezes nem a contratação da verificação do controle da resistência é solicitado, o que, a meu ver, é um erro." Eduardo Serrano, presidente da Abratec.


Ocasionalmente acontecem disparidades de resultados entre o fornecedor de concreto e o ensaio realizado pela construtora. São muitos os fatores que levam à ocorrência de erros. Os equipamentos, que são delicados, podem não estar calibrados, ou a amostragem pode não ser representativa.
Quando o concreto tem uma não conformidade, a primeira providência é questionar se o resultado está mesmo correto. Pode-se confrontar o resultado da central com o de laboratório. "Outra possibilidade é ir à obra e ensaiar para ver se o concreto está mesmo comprometido, utilizando esclerometria ou extração de corpos de prova daquela região. Esse resultado é analisado pelo projetista da obra, que determina as medidas a serem tomadas, como uma prova adicional ou um reforço na estrutura, ou então concluindo que não há problemas e não é necessária nenhuma medida [corretiva]", diz Arcindo Vaquero Y Mayor, presidente da Abesc (Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Concretagem).
Em muitos casos há erro na moldagem do corpo de prova quando ela é feita pela construtora. "Acho que para o corpo de prova de concreto o erro é mais gritante, porque às vezes quem acaba moldando é o estagiário, ou o motorista do caminhão betoneira, que nem sempre dá a devida atenção para isso", analisa Juliana de Carvalho.
"Muitos deles têm bicheira (vazios por falhas no adensamento), são moldados de forma errada, sem a cura feita corretamente no prazo da norma", conta Marcelo Resende. A norma de moldagem do corpo de prova é a NBR 5.738. "Dependendo da fôrma, se 10 cm x 20 cm ou 15 cm x 30 cm, muda a quantidade de camadas e golpes. Em função do abatimento, o número de camadas também muda", avisa ele.

AMOSTRAGEM

O concreto deve ser recebido desde que atenda todas as condições estabelecidas na
ABNT NBR 12655:2006. Em caso de existência de não-conformidade, devem ser obedecidos os critérios estabelecidos na ABNT NBR 6118:2003 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
O controle é feito através de fórmulas onde são colocados os resultados dos exemplares obtendo o fck estimado. Existe o controle estatístico por amostragem parcial com fórmulas específicas para os seguintes números de exemplares, dispostos da seguinte forma:

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