De acordo com um estudo realizado pela consultoria ManpowerGroup, 71% dos
empregadores entrevistados no país dizem ter dificuldade para preencher postos
nas mais diversas áreas - de motoristas a profissionais de tecnologia. No Brasil, 20
mil postos de trabalho no setor de engenharia ficam em aberto porque não se
formaram profissionais suficientes para preenchê-los.
O dado fez com que o país ocupasse o segundo lugar entre os 41 países analisados -
atrás apenas do Japão, onde 81% dos patrões sofrem mais para contratar, enquanto
a média global é de 34%. O diretor da ManpowerGroup no Brasil, Riccardo Barberis,
disse que a dificuldade de se preencher vagas no Brasil, cresceu 15% do ano
passado para cá.
Barberis ressalta a escassez tanto na quantidade de profissionais como na qualidade
deles. E ainda, no caso de vagas que exigem conhecimentos específicos, e atinge
cargos de nível superior e técnico.
A escassez de talentos no campo técnico é considerada o ponto fraco nas contrata-
ções por parte dos empregadores. Na área técnica, os empregadores enfrentam
mais dificuldade para encontrar profissionais. A falta de profissionais capacitados
permeia em todas as áreas, indo de automação a edificações e de eletrônica a
alimentos e bebidas.
Em recente entrevista, o Ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, disse que considera fundamental que o Estado brasileiro priorize as escolas técnicas estaduais e federais e o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e
Senac) para formar e qualificar os profissionais técnicos que vão contribuir para o crescimento econômico
do país.
Segundo Brizola Neto, as ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, vão se concentrar em instituições que possuem os profissionais e as instalações adequadas para oferecer a qualificação profissional de que o país necessita.
Os especialistas concordam que o Brasil está caminhando na direção certa e confirmam a importância em
investimentos no setor. Barberis, ainda citou o exemplo da Alemanha, que investe pesado em escolas técnicas e atualmente é um dos países na zona do euro com menor taxa de desemprego.
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